Av. Manuel Remígio, 2450-106 Nazaré
A tradição de secar o peixe é de origem pouco conhecida, mas seria a melhor maneira de conservar o pescado para os dias de escassez. Seria desta forma que as peixeiras garantiam o sustento para as suas famílias, mas também lhes permitia ter peixe para vender nos mercados da região. As espécies mais utilizadas são o carapau, os batuques, a sardinha, a petinga, o cação, e o polvo, devido à sua abundância.
Na Nazaré distinguem-se duas formas de secagem: o peixe seco e o enjoado, com características de preparação e de consumo diferentes.
O peixe é primeiro “amanhado”, processo de tirar as tripas do peixe, depois é lavado e passado por uma salmoura feita com água e sal grosso (outrora era usada água do mar). Por fim é aberto ou escalado, estendido nos paneiros e posto ao sol. A secagem dura cerca de 2 a 3 dias, dependendo das condições atmosféricas. Este tipo de peixe pode ser comido cru (desfiado), mas é normalmente cozido, acompanhado de batata cozida (com pele) e regado com azeite e vinagre ou sumo de limão e alho picado.
É a sul da praia, quase em frente ao Centro Cultural da Nazaré, que se encontra o Estindarte, como é localmente conhecido o estendal de secagem de pescado, onde as várias peixeiras secam e vendem o peixe ali exposto.
O actual Museu foi inaugurado a 17 de Dezembro de 2016, divide-se em 3 núcleos: o Estendal de Secagem do Peixe, o Centro Interpretativo e a Zona de Preparação do Pescado.
Para além da visita ao estendal, conheça um pouco mais das estórias e técnicas desta arte no centro interpretativo. Na zona de preparação pode observar como o peixe é preparado para ser posto a secar.
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