O “Canhão da Nazaré” é um raro acidente geomorfológico, o maior da Europa e um dos maiores do mundo.
Este vale submarino consiste numa falha na plataforma continental, desenvolvendo-se na direção Este-Oeste, com 170 quilómetros de extensão e até 5.000 metros de profundidade na planície abissal onde termina.
A cabeceira do canhão fica a menos de 1 km da costa para Sudoeste. Essa contiguidade da cabeceira com a costa aproveita as condições oceanográficas singulares que originam processos de transporte hidrodinâmico e sedimentar, diretamente relacionados à presença do canhão e sua morfologia.
O Canhão da Nazaré gera a afluência à superfície de águas ricas em nutrientes e plâncton, permitindo a presença de uma fauna muito rica, com espécies de alto interesse comercial, tais como o carapau; a pescada-branca; a sardinha e o polvo-vulgar.
Este vale submarino canaliza a ondulação do Oceano Atlântico para a Praia do Norte, criando ondas com um tamanho anormalmente grande em comparação com o resto da costa portuguesa, conhecidas como as maiores ondas do mundo.
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